domingo, 7 de março de 2010

IN BLACK WHITE (O Outro Lado do Amor).


geralmente posto poesia mas hoje vou postar a primeira parte de um conto que escrevi, espero que gostem...



Um quadro, um clichê ou que vocês quiserem que seja, um homem sentado num banco de uma praça usando um casaco velho cinza, calça jeans azul e um all star velho preto, a chuva começa cair escorrem sobre seu rosto se misturando com as lagrimas que já estavam deslizando nele. Em suas mãos uma carta escrita em uma folha arrancada de uma agenda, ele à segura contra o peito e aperta forte a chuva engrossa, então ele decide se levantar e vai embora andando.



Atravessando ruas e ruas, ele avista um bar e entrar, senta em frente ao balcão e pede uma dose do melhor wisck da casa, o garçom um senhor de meia idade com cabelos grisalhos e umas rugas, pega um Blue Labor da estante a frente do balcão e serve uma doze para homem. Antes de beber o homem puxa do bolso um maço de cigarros ascende um e traga profundamente, depois bebe a dose uma só vez, o garçom olha atravessadamente se surpreende e diz: - acabou de terminar com ela? O homem de cabeça baixa ergue-a e responde: - nem comecei, e torna a baixa a cabeça novamente. O garçom com um olhar confuso indaga: - então porque se lamenta?, novamente o homem ergue sua cabeça e fala:



- não lamento por perdê-la, lamento por amá-la, antes dela não sabia o que era amar, mas também não sabia o que era viver, ela me ensinou o que é o amor e depois foi embora, maldita seja, porquê me deste o mel, se sabias que era venenoso, e agora aqui estou, amando quem não deveria, ela não devia ter me ensinado, devia ter continuado leigo no amor. E veja-me outra dose, por favor.



O garçom novamente serve outra dose ao homem que da outro trago no cigarro e observa a chuva La fora, e diz: - não devíamos amar, não podemos se machucar tanto assim, não deveríamos ter esse sentimento. O garçom retruca: - muito pelo contrário, nós temos sorte de podemos amar alguém, responda-me, essa mulher que você ama alguma vez você sorriu com ela ?. – Sim, reponde o homem, não só uma mais muitas. - ai esta está, a Razão de amarmos, no fim de um relacionamento o que vale apena lembrar são somente os momentos que vocês passaram juntos, você não deve ver essa pessoa como um monstro mais sim como um anjo que lhe concedeu este dom maravilhoso, disse o garçom com um breve sorriso no rosto. O homem intrigado pergunta: você já teve alguém que lhe ensinou amar?



- Sim. Disse o garçom e aponta com a mão esquerda para um quadro acima da estante, nela uma fotografia meio antiga de uma mulher muito bela, cabelos castanhos escuros ondulados rosto fino e pele aveludada. O homem pergunta quem é ela e o garçom diz: - seu nome era Alice, nos conhecemos quando em meu antigo emprego, eu trabalhava num banco, no centro de uma cidade do interior, me lembro da primeira vez que a vi ela estava em um lindo vestido branco com os cabelos soltos, ela foi até a mesa de meu chefe queria abrir uma conta, meu chefe me chamou para auxiliá-lo e nos apresentou, eu não tinha e até hoje não tenho palavras que descrevam a beleza daquela mulher quando ele estendeu a mão e eu toquei seus todos estavas em brasas por dentro beijei suma mão e olhei em seu olhos verdes que pareciam grandes pastos intocados pelo homem ela sorriu pra mim e foi como se o céu fosse revelado naquele momento, após terminamos o atendimento ela foi embora, mas nunca esqueci esse dia, o dia mais feliz da minha vida, desde então não há um dia em que eu não pense nela, na semana seguinte daquele dia ela retornou ao banco, eu trabalhava mais de doze horas por dia por um misero salário mais pra mim valeria apena se pelo menos um dia da semana eu a visse. toda semana ela vinha ao banco sempre pra consultar sua conta me presenteava com sua presença e um belo sorriso, até que um dia no meu horário de almoço, eu estava almoçando em um restaurante logo ao lado do banco porque não tínhamos muito tempo, quando há avistei caminhando na outra rua ao lado do banco. Não pensei duas vezes, e fui direto ao seu encontro, ela sorriu pra mim como sempre e eu disse: Senhorita, há mulheres bonitas e outras belas mas nem uma sequer chega aos seus pés, me daria a honra de saber seu nome ?, ela continuava sorrindo e seu olhos verdes brilharam ela disse: meu nome e Alice. Eu novamente estava com aquele calor por todo o corpo e mal respirava, então olhei pra ela e disse: gostaria de sair como você, quase gaguejando, por um momento eu pensei seu idiota o que você está fazendo, foi quando Ela se aproximou de mim até ficamos com corpo colado um do outro beijou meus lábios e disse: - porque demorou tanto?, eu não sabia o que dizer comecei a rir porque estava sem graça. Marcamos de nos encontrarmos naquela mesma noite.



Eu mal podia acreditar mo que acontecera uma hora atrás voltei ao meu trabalho às outras seis horas passaram como segundos pra mim, e quando chegou a noite em que eu me encontrei com Alice, nós jantamos conversamos e descobrimos que tínhamos mais em comum do que pensávamos, pedi para acompanhá-la de volta a seu apartamento e ela concordou e no meio do caminho começou a chover, ainda assim, caminhamos na chuva ate chegar a entrada de seu prédio, novamente ficamos um frente para o outro, olhei em seus olhos e disse: a alguma semanas atrás eu não sabia o que era o amor, até ele enviar você pra mim. Meu coração batia forte só que na mesma velocidade, eu podia sentir o dela e ela podia sentir o meu então nos beijamos. Naquele momento, não havia tempo, não havia trabalho, não havia chuva, somente nos dois, subimos ao seu apartamento e fizemos amor, acordei mais cedo que ela e fiquei adimirando-a em meus braços, ate ela abrir os olhos e sorrir pra mim.



Eu vivi um sonho naquele ano com ela, todos os dias almoçávamos juntos, ela trabalhava em um pequena imprensa da cidade como jornalista, e passou a vir mais vezes por semana verificar sua conta. A cada dia que passávamos juntos, eu a amava cada vez mais, até que um dia trabalhando no banco como de rotina, havia entraram no banco três rapazes encapuzados e armados anunciando um assalto rendendo meu chefe e eu também e nos obrigaram a esvaziar o cofre e também os caixas. Ele estavam muito apavorados gritando e ameaçando atirar em qualquer um que se mexesse sem sua permissão,foi quando eu já lhe entregar o saco de dinheiro para um dos assaltantes quando Alice entrou pela porta do banco, ela se assustou com presença dos assaltantes e gritou, foi quando um deles disparou, e a bala atravessou o coração dela, eu cai em choro naquele momento, me senti fraco e covarde por não poder ter feito nada, eu puxei-a junto a mim e abracei ela olhou pra mim, tocou meu rosto e suspirou pela ultima vez falecendo em meus braços.



Não fui ao seu enterro, peguei minhas coisas e essa foto e fui embora da cidade, então o tempo passou com dinheiro da demissão que recebi do banco comprei este humilde bar e aqui estou eu. Filho, quanto mais o tempo passa mais eu amo aquela mulher creio eu que não amarei nenhuma outra novamente, mas sou feliz pelo tempo em que estive com ela, isso o tempo não apaga, por isso meu amor jamais se extinguirá.




O jovem, que antes admirava a foto na parede tona seus olhos ao garçom e diz: - E uma historia e tanto, mas eu me pergunto, você nunca considerou a oportunidade de amar alguém de novo? Afinal, não creio que Alice queira que você viva toda sua vida em devoção a ela. Entendo diz o garçom e continua – Filho, alguns amores são de agora, outros de um ano mais esse e pra toda vida. O jovem concorda com a cabeça agradece a bebida, põe a carta que segurava nas mãos no bolso de seu casaco e vai embora, só que deixa sua carteira.......






continua na próxima postagem... uuehueheuheue

2 comentários:

  1. Muito bom o conto Zatorre, gostei... espero a segunda parte... e relamente, alguns amores são pra vida inteira...

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